Não costumo ler muita poesia, porém “The Road Not Taken”, escrito por Robert Frost, marcou profundamente minha vida. A vida sempre nos coloca diante de encruzilhadas, momentos em que precisamos escolher apenas um caminho — e inevitavelmente fica aquela dúvida: será que fiz a escolha certa?
Em determinado momento, precisei decidir se continuaria no interior ou me mudaria para Salvador; se tentaria ser jornalista, meu sonho de infância, ou professor, uma opção mais estável e com maiores chances de emprego; se estudaria para concursos ou abriria um curso de inglês. Cada uma dessas escolhas foi determinante para o lugar em que me encontro hoje.
Às vezes penso em todos os caminhos que eu poderia ter seguido — se tivesse sido mais corajoso, como no poema, e escolhido a estrada menos trilhada, o caminho mais ousado. Será que eu seria mais feliz? Estaria melhor financeiramente? Morando em outro país?
É inevitável pensar nos caminhos que não escolhemos, até mesmo para refletir sobre as oportunidades que a vida ainda nos oferece. No entanto, a pior escolha é não escolher — ficar paralisado pelo medo de errar.
Nem sempre o caminho mais fácil será o mais significativo, e nem sempre o mais difícil será o mais certo. O importante é seguir em frente, aprender com cada passo e confiar que, no fim, o caminho que vocês escolherem será aquele que fará sentido para a vida de vocês.
“Two roads diverged in a wood, and I—
I took the one less traveled by,
And that has made all the difference.” — Robert Frost
